RIO - Slash bem que tentou: o guitarrista de discos clássicos do Guns N' Roses como "Appetite for destruction" (1987) e "Use your illusion", I e II (1991), sempre quis fazer parte de uma banda. Já que tudo é muito complicado, ele traz a sua própria hoje ao Vivo Rio, às 20h30m, em um show com abertura do grupo Tempestt. Quando deixou o Guns, incomodado com a ditadura do cantor Axl Rose - dono da bola até esta quarta-feira, como se verá no Rock in Rio -, ele formou o Snakepit, que lançou dois discos e até passou pelo Rio, em um show deserto em 1995, no atual Citibank Hall. Passados mais alguns anos - sem jamais largar a guitarra, participando de discos de artistas como Lenny Kravitz e Michael Jackson -, um reencontro com velhos companheiros de G'n'R levou à formação do Velvet Revolver: Slash, o baixista Duff McKagan e o baterista Matt Sorum recrutaram o guitarrista Dave Kushner e, com Axl ocupado com seu personal Guns N' Roses, o cantor Scott Weiland, cuja banda, o Stone Temple Pilots, tinha acabado de implodir.
O Velvet Revolver levou os quarentões de volta ao megaestrelato - e, comenta-se, às drogas, que haviam largado a duras penas - ao longo de dois discos e cinco anos, com direito a uma vinda ao Brasil, em 2007. Até que o sempre problemático Weiland reformou os Stone Temple Pilots, com os quais já esteve no Brasil também, em dezembro de 2010.
Timbre parecido com o de Axl
Embora ainda falem em levar um novo cantor para o Velvet Revolver, Slash e Duff (veja quadro ao lado) resolveram tocar suas próprias bandas - e tornou-se inevitável o guitarrista da cartola e do cabelo na cara gravar um disco solo. Mas ele resolveu se meter a cantor, ou, pior ainda, gravou um disco instrumental?, perguntariam, angustiados, os fãs. Nada disso: ele chamou amigos como Dave Grohl (Foo Fighters), Alice Cooper, Fergie (Black Eyed Peas), Iggy Pop e Ozzy Osbourne, e gravou "Slash", disco de rock clássico com cheiros de blues e soul. Para viajar pelo mundo, arregimentou sua própria banda, com a qual está na estrada há cerca de um ano. A posição mais delicada foi ocupada com louvor por Myles Kennedy, cantor do Alter Bridge cujo timbre e alcance lembram muito os de Axl Rose, especialmente ao vivo.
Bem acompanhados por Todd Kerns (baixo), Bobby Schnek (guitarra) e Brent Fitz (bateria, ex-Alice Cooper), Slash e Kennedy passeiam por toda a carreira musical do guitarrista, das óbvias músicas do Guns ("Paradise city", "Nightrain", "Sweet child o' mine", "Civil war") às do disco (a belíssima "Starlight", "Back to Cali", "By the sword"), passando pelo Velvet Revolver ("Sucker train blues", "Fall to pieces") e eventualmente pelo Alter Bridge ("Rise today") e por um Led Zeppelinzinho ("Communication breakdown").
Apresentações Rio de Janeiro (dia 06 de abril, no Circo Voador), São Paulo (dia 07 de abril, no HSBC Brasil) e em Curitiba (dia 08 de abril
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